Sob o pretexto de um islão deturpado pelos ignorantistas, os fanáticos corrompem a fé e cometem crimes contra Deus e a humanidade. (Farid Gabteni)
É preciso defender o Islão que Eleva a alma; e contra o obscurantismo, o fanatismo e o terrorismo. (Farid Gabteni)
Derramar o sangue do seu próximo não é acreditar em Deus nem na Humanidade, é sofrer o inferno hoje e amanhã. (Farid Gabteni)
Ser Muçulmano é sair do escuro para a Luz, diz o Alcorão; e não o contrário, como pregam os charlatões. (Farid Gabteni)
O crente muçulmano que sabe, é profundamente Humanista; ele nunca se tornará num criminoso, naturalmente obscurantista. (Farid Gabteni)
A Fé não é sinónima de ignorantismo, o ateísmo não é sinónimo de cientificismo; o fanatismo é sinónimo de totalitarismo. (Farid Gabteni)
O Amor é uma benção, o ódio, uma maldição; o Primeiro é Bom, a segunda, um demónio. (Farid Gabteni)
Aprendi ontem para ser hoje, rezo hoje para que tu sejas amanhã; simplesmente Humano. (Farid Gabteni)
Aqueles que me seguem não estão atrás, mas à frente; eles andam irresistivelmente para a frente. (Farid Gabteni)
Agora que tu compreendeste o que eu te disse, tu não tens medo nem desejo, tu choras como tu ris e tu morres como tu vives. (Farid Gabteni)
A minha Fé não é em vão, ela fez de mim o que eu gosto, estudante e sábio, servo de Deus, O Supremo; ao serviço da causa humana. (Farid Gabteni)
Aquele que vê apenas com os seus olhos recebeu pouco da ciência, e do mundo, apenas conhece o seu canto; com certeza que está infeliz. (Farid Gabteni)
Não há grandeza no mesquinho, no tirano ou no assassino; o seu mestre é o seu instinto animal e a patifaria. (Farid Gabteni)
O mês do ramadão é o do Alcorão, da recordação, da revisão, da boa ação e da abstenção do mal, pequeno e grande. (Farid Gabteni)
Senhor, Deus de bondade, de justiça incomparável! Eu testemunho que Tu És, que Tu sempre Foste, que Tu sempre Serás. (Farid Gabteni)
Deus da eternidade! Que sejas infinitamente Glorificado, infinitamente Louvado e infinitamente Agradecido. (Farid Gabteni)
Louvado seja Deus! Não há igual na terra ou nos céus. Glória a Ele! Ele É Único, nem três e nem dois. (Farid Gabteni)
Glória a Deus! É Único, nem três, nem mais e nem dois, não há igual, nem na terra nem nos céus, nem entre os dois. (Farid Gabteni)
Deus É Sensato e Sábio. Ele está entre as pessoas que procuram o Seu Perdão, que respeitam os seus juramentos; Deus Vê-os e Entende-os. (Farid Gabteni)
Senhor! Cobre com a Tua Paz os Teus Profetas e os Teus Mensageiros e os justos entre os Teus Aliados, que apelaram à verdade, que apelaram a esperar. (Farid Gabteni)
Saimbam amar os vossos próximos, sejam bons para com os vossos vizinhos, alimentem os famintos, ajuntai os orfãos; eis o que está bem. (Farid Gabteni)
Abençoados aqueles que são amados, os que são perdoados, aqueles que estão dedicados a Deus. (Farid Gabteni)
Deus, Meu Mestre! Guia aqueles que Te amam, Abençoa aqueles que me amam e Perdoa aqueles a quem eu amo. (Farid Gabteni)
Deus, Meu Mestre! Concede ao meu espírito a Tua Presença, ao meu coração a paciência e ao meu corpo a resistência. (Farid Gabteni)
Para Deus, é estudante quem quer, é professor quem pode; o melhor é ser ambos. (Farid Gabteni)
Não recebeste se não estiveste aberto e não viveste se não sofreste. (Farid Gabteni)
Eu sou pobre, vivo de caridade, eu estou sóbrio, nunca distraído. Estou orgulhoso, caminho de cabeça erguida, eu rezo, mas não de joelhos. (Farid Gabteni)
Quando tu te tornas Tu próprio, tu saberás te tornar em mim. Quem tem Deus como Companheiro não tem necessidade de um amante. (Farid Gabteni)
Deus! Ninguém iguala a Sua Beleza e ninguém iguala a Sua Bondade, ninguém me Amou tanto e ninguém me Preencheu tanto. (Farid Gabteni)
Eu morri como nasci, do meu corpo estou livre; eu vivi e vivo, Guiado por Aquele que me Criou. (Farid Gabteni)
Os malfeitores são numerosos, mas insignificantes, somos poucos, mas poderosos, eles acreditam neles, e nós em Deus. (Farid Gabteni)
Deus É Meu Senhor, nenhum medo, nenhum infortúnio poderão atingir o meu coração. (Farid Gabteni)
A Fé está intimamente ligada à bondade e à benevolência. A desordem está interiormente ligada à brutalidade e à violência. (Farid Gabteni)
Não é pecado nascer surdo ou cego, mas é pecado querer ficar assim. (Farid Gabteni)
Se tu escutares, tu entenderás, se tu olhares, tu verás, se tu refletires, tu acreditarás. (Farid Gabteni)
Olha e escuta com o teu nariz, porque os teus olhos e os teus ouvidos enganam-te muitas vezes; o teu nariz sente o que é ruim ou o que é bom. (Farid Gabteni)
Deus É Um, o Julgamento é certo, pensa no dia seguinte e age bem. (Farid Gabteni)
Eu digo o que eu acredito e eu acredito no que eu digo. Eu só tenho como certeza a minha Fé, e as aptidões apenas quando leio, estudo e escrevo. (Farid Gabteni)
Pouco importa a imagem, o penteado ou a vestimenta, hoje ou em qualquer idade, o objetivo é a Mensagem; comprende o sábio. (Farid Gabteni)
Enquanto tu não esvaziares o teu coração da raiva e do ódio, tu não o poderás preencher com o Amor de Deus e espalhá-lo na Sua Criação. (Farid Gabteni)
O teu lugar não é na massa, não é necessário esmagar, mas elevar-te, acima das raças e das classes; serás então uma Graça. (Farid Gabteni)
Às vezes, as nossas certezas precisam ser reexaminadas, reavaliadas, e até mesmo reformadas, para se encontrar o verdadeiro sentido de uma Causa. (Farid Gabteni)
O Saber está ao alcance de todo aquele que procura a verdade; a Verdade é uma busca inerente à Humanidade, explicativa da realidade. (Farid Gabteni)
Endireita-te, se tu queres andar comigo, eleva-te, se tu queres que eu me dirija a ti; os meus são pessoas de bem, bons e humanos. (Farid Gabteni)
A ideia de fazer o mal dilacera-me, a necessidade de fazer o Bem atrai-me, o sentimento de ódio faz-me vomitar, o do Amor, inspira-me. (Farid Gabteni)
A vida é uma comédia e um drama, os dois ao mesmo tempo; é preciso ser ator e espetador, os dois ao mesmo tempo. (Farid Gabteni)
A Verdade, nada mais que a Verdade, toda a Verdade, eu quero e procuro apenas a Verdade da Verdade; quaisquer que sejam as consequências. (Farid Gabteni)
Ter a consciência tranquila, ao longo de toda a sua vida e até na hora da sua morte; para adormecer em paz e acordar na Paz. (Farid Gabteni)
Pensem naqueles que sofrem e morrem em todo o mundo. Tenham coração e sejam guerreiros, socorram os que se encontram na desgraça e acalmem os que têm medo; ninguém se habitua à dor. (Farid Gabteni)
Deus não gosta nem da agressão nem dos agressores, e menos ainda dos corruptos na Terra, os sedentos de sangue e os assassinos. (Farid Gabteni)
O saber, a consciência, a razão, a justiça e a paz triunfarão, mais cedo ou mais tarde; são ideias inerentes à nossa existência. (Farid Gabteni)
A inteligência tem sentido apenas pelo conhecimento, ela harmoniza-se com a ciência, a consciência e a ação, consequentemente. (Farid Gabteni)
Não se sabe ou talvez tenha sido omitido que o povo indiano, considerado atualmente uma nação, foram os precursores da reflexão filosófica e espiritual. Muito antes de o monoteísmo pregado pelo Akhenaton egípcio, precisamente por ele, em vários aspectos, também os Vedas e os Upanishads, considerados textos sagrados do Vedismo e do antigo Bramanismo, conhecidos após a presença dos muçulmanos sob a designação do Hinduísmo, formularam o princípio monoteísta com “Brahman“, a Alma cósmica universal e impessoal, o Ser Único em essência, a Realidade Absoluta, o sem princípio nem fim, o impossível de representar ou de descrever, designado pelo Todo (Sarvam) ou pela Verdade Suprema (TAT). O regresso dos indianos seguidores do Vedismo à mensagem original e universal do Deus Único enriquecerá a humanidade com a excelência do conhecimento espiritual e temporal. (Farid Gabteni)
Na China, por exemplo, todos dão a impressão de atualmente terem descoberto como esta nação valente ainda detém o poder de uma grande civilização há quase dois séculos. O facto de ver essa nação emergir do esquecimento é apenas uma recompensa justa. Ao longo da história da humanidade, ela esteve presente e ativa, demonstrando ser um modelo de civilização, por vezes, na vanguarda de tantas outras. A sabedoria e a criatividade dos chineses são milenares … O Profeta do Islão foi inclusivamente aconselhado a procurar a ciência na China. Neste domínio, ele não citou o nome de Bizâncio. A entrada da China na cena internacional é uma contribuição sem precedentes para a humanidade e para o desenvolvimento de uma civilização que se quer cada vez mais criativa. (Farid Gabteni)
Após a morte do Profeta Mohammad (632), existiram vários eventos e circunstâncias na história, que por serem inúmeras, levariam muito tempo a enuméra-las aqui, por isso falámos apenas daqueles que abrangessem todas as áreas, sendo que alguns interpretaram o Alcorão e a acção do Profeta, de acordo com o que eles pensavam ser justo segundo os seus pontos de vista, e outros, de acordo com seus interesses. Foi isso que deu origem ao “shariΣah”, legislação, jurisprudência e teologia entre os muçulmanos. Hoje mais do que nunca, temos o dever de estudar e analisar em pormenor, objetivamente, historicamente e cientificamente, o Islão do profeta e o que aconteceu com ele após a sua morte, como nasceu a teologia e a jurisprudência entre os muçulmanos, de maneira a voltar à mensagem original e verdadeira do Islão. (Farid Gabteni)
Eu sou Muçulmano, eu testemunho que não há nenhum deus além de Deus, Único, sem parceiros. E testemunho que Mohammad é seu Servo e seu Mensageiro, ou seja, que a Reivindicação, a Religião com Deus, é a Pacificação, o Islão, a submissão a Deus em paz. Eu não testemunho que Abî-Bakr, Omar, Othman ou Ali são mensageiros de Deus. Eles são apenas muçulmanos parentes do Profeta, que tinham ou não razão, e que não podem ser irrepreensíveis na sua essência. Só Deus É Perfeito e Absoluto. Eu não me refiro a nenhuma escola teológica ou jurisprudencial em particular, isso não me impede de sentir profundamente como sendo meu dever defender, apesar da sua diversidade, a comunidade muçulmana, da qual faço parte. E recuso-me com todas as minhas forças que a dividam ainda mais. Eu posiciono-me contra as excomungações e os separatistas sejam eles quem forem. Deus não ama nem a agressão nem os agressores. Ele É A Testemunha e Ele É O Juiz; e ninguém pode pretender ter o céu ou o inferno, exceto Ele. (Farid Gabteni)
Para o Muçulmano que sabe, apenas o Alcorão é a Revelação de Deus, por isso Sagrado; o resto é a composição dos homens, por isso falível. O Alcorão refere claramente a liberdade de consciência e de expressão, diria mesmo qualquer liberdade. Então, quando Deus Anunciou aos anjos que Ia instituir um legatário (ao que precedeu) na terra, estes retorquiram: ‘Estabelecerás nela quem ali fará corrupção, derramando sangue?…’ Deus ! Longe de recriminá-los por esta reflexão, Responde-lhes e Argumenta a Sua Decisão: ‘(…) Eu Sei o que vós ignorais’ (cap. 2, v. 30). Além disso, no Alcorão, é mesmo permitido ao diabo desobedecer a Deus, justificar sua desobediência e de fazer o mal (por sua conta e risco). Para refletir, tudo é dito com liberdade, no que acabo de dizer. Todo o Alcorão ilustra, através de muitos exemplos, a liberdade de consciência e de expressão. (Farid Gabteni)
Um Muçulmano é aquele que tem um pacto com Deus para crer Nele, para o adorar pelo Islão, aquele que leva a alma, com toda a pureza, a agir com bondade, para realizar a caridade, para aconselhar o apropriado e reprovar o condenável, para chamar as pessoas para Deus, para o humanismo, para a reforma e para a justiça. Ele tem uma vantagem neste mundo e o melhor de Deus. Na verdade, a melhor provisão é a devoção. Aquele que se levanta com Deus, que bebe e come com Deus, que trabalha e descansa com Deus, que dorme e sonha com Deus, que pensa, fala e age com Deus, que é pobre e que é rico com Deus, que é saudável e que está doente com Deus, que é novo e velho com Deus, que vive e que morre, com Deus nos lábios e no coração; aquele neste mundo e no outro; aquele se levanta, bebe e come, trabalha e descansa, dorme e sonha, pensa, fala e age, vive e morre em paz. Em paz consigo mesmo, com os homens, com os seres e as coisas; em conformidade, em paz com Deus, O Sumamente-Bom. Eis os justos. (Farid Gabteni)
Deus Ensinou aos humanos os nomes, todos (Alcorão / cap. 2, v. 31); para analisar, refletir, discernir e legislar em conformidade. A única sharîεah (Direito, Legislação) de Deus, imutável e inviolável, parecem ser as leis da física, inalteradas e inalteráveis desde a criação do universo. Qualquer outra lei é circunstancial do tempo, lugar, causa, finalidade. Os ignorantes e os fanáticos são como o ilustrado no versículo 179 do capítulo 7 do Alcorão: “(…) com corações com os quais não compreendem, olhos com os quais não vêem, e ouvidos com os quais não ouvem. São como as bestas, quiçá pior, porque são displicentes“. (Farid Gabteni)
Os fanáticos pseudo-religiosos se inspiram no tradicionalismo, portanto, na história dos muçulmanos, e não no próprio Islão. Devemos, portanto, agir para informar e ensinar o Islão original (durante a vida do Profeta) e distinguir o islão tradicionalista (após a morte do Profeta) elaborado, costituído e estabelecido pelas circunstâncias político-teológicas, sociológicas e históricas, combinado com a Mensagem original do Islão (Conhecimento, Fé, Caridade, Tolerância e Pacificação). (Farid Gabteni)
Algumas doutrinas político-teológicas e jurisprudenciais, herdadas da história dos muçulmanos, subsequentes ao Profeta, são contrárias ao espírito do Islão original. No entanto, infelizmente, muitos ainda hoje as proclamam como verdades imutáveis e eternas. Já não é, prioritariamente, a Mensagem original do Islão e os seus valores universais que são ensinados, omitidos ou esquecidos, mas as doutrinas ritualísticas de outra época, com as perspectivas do passado! Não é o Islão que precisa de reforma, é o tradicionalismo que deve ser alterado e dessacralizado. Ensina lembranças de tradições, em vez da Religião “Aqueles que mencionam Deus, estando em pé, sentados ou deitados, e meditam na criação dos céus e da terra (…)” (Alcorão / Capítulo 3. versículo 191). (Farid Gabteni)
Podemos dizer que estamos na era do fim dos tempos do ignorantismo. Os charlatães disfarçados de muçulmanos e os islamofóbicos pensam que criar o caos lhes permitiria alcançar o seu objetivo de dominação. Mas quando essas forças das trevas forem derrotadas e aniquiladas, um novo mundo e uma nova forma de ciência, de racionalidade, de justiça e de partilha irá emergir e a Humanidade viverá então, a era mais bonita da sua história. (Farid Gabteni)
Deus, Meu Mestre! Se me Queres colocar à prova, Faz de mim um servo paciente e, se me Enches, Faz de mim um servo grato. (Farid Gabteni)
Os hereges esquecem-se do Islão, a religião da unicidade, do conhecimento, da liberdade de consciência, do livre arbítrio, da tolerância, da pacificação e da Paz para desenvolverem ideologias obscurantistas, retrógradas, que são puras propagandas do ódio e da violência. Que Deus tenha Misericórdia de nós. (Farid Gabteni)
A nossa sociedade tornou-se sujeita a uma cultura mediática; o recurso à verificação, ao estudo aprofundado dos factos foi abandonado à intervenção dos especialistas. Esta situação pode tornar-se ainda mais prejudicial quando se trata de uma ideologia, qualquer que seja a sua origem. (Farid Gabteni)
Os muçulmanos ligados ao progresso e à ciência transmitiram à humanidade os fundamentos de todo o conhecimento moderno. O Islão é a única religião no mundo que está na origem de uma civilização dedicada às ciências. Quanto aos homens retrógrados, fanáticos e criminosos, sempre existiram em todos os tempos e em todas as sociedades, males dos quais a humanidade deverá ser preservada. (Farid Gabteni)
O mundo não irá evoluir com lamentações, armas e lágrimas. Pelo contrário, podemos modificá-lo através da consciência, do conhecimento e da inteligência. O mundo não fará qualquer progresso através da força e do domínio, mas usando o coração e a razão. Ele não será construído baseado em utopias, mas através de uma humanidade restaurada, amadurecida e unida. (Farid Gabteni)
A verdade é uma lâmina afiada ; quem fala dela é considerado louco. Para muitos, a verdade é dificil, embaraçosa, leva-nos a tocer o nariz e a tossir. Não importa quem a expressa, pois o conhecedor da verdade espera tudo. (Farid Gabteni)
O cerne do problema associado ao terrorismo perpetrado em nome do Islão é a ideologia obscurantista, fanática e violenta que prega o ódio e a morte. É esse tipo de ideologia herética, contrária ao Islão original, que influencia os ignorantes e os espíritos mais sensíveis, incitando-os a cometerem crimes. Devemos educar e sensibilizar os muçulmanos a seguirem o Islão original, considerado um vetor da ciência, do progresso, da tolerância, da paz e da civilização. (Farid Gabteni)
Os obscurantistas, os criminosos e os islamofóbicos fazem crer aos ignorantes que o Islão é sinónimo de ódio e violência. O seu discurso incendiário desperta inimizade e discórdia, incitando a uma luta entre civilizações. Se não tivermos cuidado, o caos instala-se. (Farid Gabteni)
Todos os estudiosos muçulmanos, sem exceção, foram corânicos, como foi o próprio Profeta; e todos os extremistas, desviacionistas, eram tradicionalistas, os de hoje não o são menos; está tudo dito. (Farid Gabteni)
O Islão é inocente dos crimes, das atrocidades e dos massacres falsamente perpetuados em seu nome por hereges, desviacionistas e criminosos. Estes são os agentes do mal, perversos e corruptos na terra. (Farid Gabteni)
Os criminosos não têm religião, os seus êxtases são a morte, a destruição e a corrupção na terra. O Islão condena os charlatães diabólicos e assassinos, infelicidade para eles neste mundo e no próximo. (Farid Gabteni)
O Muçulmano que sabe é um ser de Paz, tolerante, amável, benevolente e benéfico; ele acredita no Deus Único sem parceiros, no Deus de Israel, em Cristo, em Mohammad, no Deus de todos os homens sem distinção, o Deus do céu, da terra e do que existe entre ambos, o Deus daqueles que vivem nos céus e na terra. E certamente, se a Reivindicação, a Religião com Deus é o Islão, Ele Eleva o que Ele Quer e Perdoa a quem Ele Quer. Portanto sem excluídos, e todas as suas criaturas entram na sua Misericórdia. E isso não é um pormenor. (Farid Gabteni)
O Islão original, durante a vida do Profeta, referido e explicado no Alcorão, deve ser a principal referência de cada Muçulmano digno do seu nome. Esse Islão representa a Ciência, o Conhecimento, aTolerância e o Progresso. O tradicionalismo é sinónimo de passado congelado na história, ido e não reprodutível; A História avança para a frente e não recua independentemente do que façamos, é a Lei de Deus. Além disso, a ideologia tradicionalista é um vector, por excesso e por defeito, de estagnação intelectual, superstição, fetichismo, dogmatismo uniformismo, ignorantismo e obscurantismo; muitos males a evitar. (Farid Gabteni)
Durante a sua vida, o Profeta jamais iniciou uma guerra ofensiva; todas as que teve de conduzir eram defensivas ou (mais raramente) preventivas. Aqueles, depois dele, que agiram de forma diferente carregam sozinhos a responsabilidade perante Deus e perante a História. (Farid Gabteni)
Se hoje a entrada das mesquitas é geralmente proibida aos não-muçulmanos, o Profeta Mohammad recebia os judeus e os cristãos, entre outros, na mesquita. (Farid Gabteni)
Negar ao Alcorão o seu aspecto científico é ignorar ou esquecer que os estudiosos e a civilização islâmica são o resultado de uma cultura corânica que estimula à reflexão e à pesquisa científica. A influência e a contribuição do Alcorão para os estudiosos muçulmanos são indiscutíveis e historicamente comprovadas. (Farid Gabteni)
Os estudiosos muçulmanos eram todos os crentes, formados pelo estudo do Alcorão. Quase todos se tornaram teólogos, antes de se especializarem em várias disciplinas científicas. Eles enriqueceram a Ciência com os seus conhecimentos e com tudo aquilo que adquiriram ao longo da história da humanidade. O trabalho deles é considerado hoje como precursor das ciências modernas. Inúmeras vezes, estes estudiosos testemunharam que o estudo aprofundado do Alcorão esteve na origem da sua vocação científica. (Farid Gabteni)
Seria Omar Khayyam místico e ligado ao sofismo ou agnóstico? A questão ainda não foi respondida pelos especialistas. Ele considerava-se a si próprio um “crente indisciplinado“. O que sabemos é que ele não era dogmático. A sua vida ainda suscita muitas interrogações. Os seus poemas, “rubâ’iyyat” ou quadras ainda não foram formalmente atribuídos a ele na sua globalidade. De qualquer maneira, sobre os muçulmanos estudiosos, podemos afirmar que esses crentes estudiosos não estavam particularmente inclinados para o tradicionalismo ortodoxo. É por esse motivo que os apelido de corânicos. A sua ciência permitiu-lhes distinguir o Islão original e pragmático enunciado no Alcorão da tradição religiosa institucionalizada. (Farid Gabteni)
O Islão original é a Religião de Deus, está expresso no Alcorão. O tradicionalismo ideológico é consequente à história dos muçulmanos após o Profeta, portanto, não pode ser considerado parte do cânone da Religião. (Farid Gabteni)
Somos chamados a viver em sociedade, modo de vida caracterizado pela vida em grupo, um ambiente no qual cultura e civilização se desenvolvem; e não na massa, sinónimo de multidão a fervilhar, instável e impulsiva. (Farid Gabteni)
Mesmo para falar com um tirano como o faraó, Deus Ordenou a Moisés e ao seu irmão: “Porém, falai-lhe afavelmente, ele pode dar atenção! Ou ficar reverente ! 44” (Alcorão / Capítulo 20). Este versículo, como muitos outros semelhantes, é, para o Muçulmano, um exemplo de comportamento a seguir. (Farid Gabteni)
Eu não escolho os meus amigos pela cor deles ou pela cor dos seus passaportes. Nem acredito em castas, nem em raças, nem em classes. A Humanidade é uma unidade orgânica; se a mudança é difícil por vezes, para mim é necessária e vital. (Farid Gabteni)
Eu sou Muçulmano, logo, Humanista; Cabila, Argelino e Francês até ao fim. (Farid Gabteni)
Às vezes falas e nem sempre sabes o que estás a dizer; às vezes ouves e nem sempre compreendes o que quer dizer; às vezes olhas e nem sempre apercebes-te do que estás a ver. (Farid Gabteni)
Bramanismo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo, Islão, etc. A Religião, a relação do homem com a Ordem do Divino, uma Realidade Superior, é perfidamente desvirtuada e deturpada pelo diabo e os seus demónios para servir o mal. (Farid Gabteni)
“(…) é a vestimenta da piedade, é o melhor, um dos Sinais de Deus; para que meditem!” (Alcorão / Capítulo 7, versículo 26). Cobrir a sua cabeça, usar barba, o “qamis/daffah“, o “boubou” ou o “djellaba“, o véu, o “niqab“, a “burka” ou o “tchador“; tudo isso resulta do tradicionalismo e não tem nada a ver com o Islão original enquanto religião. Bem pelo contrário, todas estas manifestações prejudicam hoje a imagem do Islão e dos muçulmanos, maioritariamente nos países não muçulmanos; são sinónimo de obscurantismo, de sectarismo, de provocação e de agressão. Para o Muçulmano sábio, responsável e consciente do verdadeiro Islão, é inconcebível vê-lo assim deturpado e reduzido a estas ostentações. O Islão das luzes, na origem do surgimento das ciências modernas, é desvirtuado pelo tradicionalismo ideológico em religião ritualista, conformista e retrógrada. Os muçulmanos devem despertar para o Islão original, o Islão da ciência e do progresso; eles devem também se preservar e preservar a sua religião de qualquer preconceito prejudicial. (Farid Gabteni)
O papel essencial da imagem na educação, na informação e na comunicação, está bem estabelecido. A utilização e o impacto da imagem, como um apoio e meio de comunicação tornaram-se indispensáveis na nossa sociedade moderna, particularmente entre os jovens. Subestimar esta realidade é ignorar as ciências humanas e sociais, e é recusar adaptar-se de forma positiva às exigências da evolução. Reconhecendo estes dados actuais, concordei com o pedido dos meus colaboradores e da SCDOFG, em utilizarem as minhas fotografias para transmitir os meus textos e citações com o objetivo de uma maior divulgação entre os jovens e o público em geral. (Farid Gabteni)
Fora do tradicionalismo há alguma declaração no Alcorão que obrigava os muçulmanos a sacrificar animais, fosse qual fosse a circunstância? Obviamente que não. A palavra “Oferta”, “hadyi” em árabe, pode assumir vários contornos circunstanciais de tempo, lugar e finalidade. É esse termo que é usado no Alcorão para designar peregrinação, enquanto a palavra “abate” (dhabaḥ) é usada para representar o sacrifício de Abraão. A dissimilaridade é linguisticamente significativa e longe de ser fortuita. Entre imolar um animal e oferecer um presente, a diferença pode ser grande. O significado pode ser o de ofertar um presente qualquer. Em consequência do que se afirma, é a matança anual de milhões de animais no Eid/Tabaski consistente, coerente e conciliável com o Islão original? Esta é uma das questões fundamentais para qualquer indivíduo que acredita em Deus e é temente a Ele. (Farid Gabteni)
Terrível é o exemplo de alguém que escuta mas não ouve nada, que aprende mas não compreende nada, que pensa saber mas não sabe nada, que faz mas não se aplica em nada; em última análise, no final de contas não serve para nada a não ser para fazer o mal … toda uma vida sem conhecimento ou consciência na rotina diária. Isto pode fazer rir, mas no entanto é triste. (Farid Gabteni)
Eu demonstro, ao longo da minha obra, através de dezenas de exemplos, que o Alcorão insiste e incita à reflexão, ao raciocínio e à procura do saber; por conseguinte, ao conhecimento de Deus. O Alcorão não é lei em si, mas Revelação, é Religião que estabelecer uma relação do homem à Ordem do Divino, da Realidade Superior, que se concretiza pelo Saber, pela Fé, a Benevolência, a Beneficiência, a Ordem para fazer o bem, a Abstenção do mal, a Pacificação e a Paz; é a Mensagem original do Islão. (Farid Gabteni)
Os pobres, os necessitados, os sofredores, os miseráveis, as vítimas de desgraças e todos os abandonados no mundo devem ser incontestavelmente, com o Saber e a Fé, a preocupação prioritária de qualquer Muçulmano. (Farid Gabteni)
Recorde-se que a tradição conta que o Profeta sacrificou-se, na sua peregrinação, numa determinada circunstância, pour toda a sua comunidade. O seu gesto equivale a todos os sacrifícios de animais perpetuados desde então e até ao fim dos tempos. Por conseguinte, no dia de “Aïd“, qualquer Muçulmano pode ser absolvido, através de uma oferenda, “hadyi“, independentemente da sua natureza; sem recorrer obrigatoriamente a uma degolação: “Nem as suas carnes nem o seu sangue chegam até Deus, mas alcança-O a vossa piedade, assim vo-los sujeitou, para que glorifiquem a Deus, por haver-vos Encaminhado; e rejubilem os benfeitores” (Alcorão / Capítulo 22, versículo 37). (Farid Gabteni)
A validade científica dos meus trabalhos é reconhecida e incontestada pelos especialistas. Entre eles, os – muçulmanos tradicionalistas – ainda detém algumas reservas quanto às conclusões das minhas pesquisas, ou seja, a profanação do tradicionalismo ideológico e a mera recuperação do Islão original (610-632). A minha obra destina-se, sem dúvida, aos muçulmanos ou aos não-muçulmanos; facilitando a distinção entre o verdadeiro e o falso, ou seja, o Islão original do desviante e instrumentalizado. (Farid Gabteni)
Quando vir um ser reduzido, passivo e degradado e não possa fazer nada por ele, diga que hoje você pode certamente fazer algo para os outros como ele. Bendito é aquele que diz, age e realiza. (Farid Gabteni)
As atuais instituições religiosas perpetuam, incentivam e difundem o tradicionalismo ideológico, o ritualismo e conformismo; elas não têm como prioridade defender a Mensagem original do Islão enunciada e veiculada no Alcorão do e pelo Profeta, sobre o tradicionalismo inaugurado depois dele e instituído como religião desde então. Está na hora dos muçulmanos fazerem esta distinção, encontrarem o significado original do Islão e consequentemente, reformularem. (Farid Gabteni)
A verdade! Eu a direi, eu a proclamarei, eu a divulgarei, eu a exaltarei, eu a apoiarei, eu a defenderei; por ela eu vivo e eu morreria. (Farid Gabteni)
Não pode haver mal no bem, mas pode-se utilizar o bem para fazer o mal, e vice-versa. Não pode haver erro na ciência, mas podemos usar a ciência para fazer errado e vice-versa. Os crentes, tementes a Deus, reflitam e trabalhem separadamente, em conhecimento de causa. (Farid Gabteni)
Para o crente, Deus Ele mesmo É a Verdade, O Soberano, a Verdade Suprema; A Verdade Inefável. Além d’Ele, ninguém é dono da Verdade Absoluta, cada um a sua verdade; para dizer que existem tantos pontos de vista sobre a verdade como existem opiniões. No entanto, “A verdade vale apenas pela unidade total de sua expressão, enquanto que as objeções e heresias têm sempre a facilidade de atacar no detalhe” (Blondel). A verdade é o conhecimento reconhecido como justo, consistente com seu propósito e possuindo um valor universal, absoluto, final; a norma, o princípio da justiça, da sabedoria, considerado universalmente como um ideal na ordem do pensamento e/ou da ação. (Farid Gabteni)
Os presunçosos são barulhentos; no entanto quando você expõe um assunto cientificamente, habilmente, e com maestria, eles são confusos e a sua resposta é expor a sua incapacidade. (Farid Gabteni)
Sinto-me mal, eu sofro pela minha impotência diante de tanta desgraça no mundo, eu tenho vergonha daqueles que, poderosos e ricos, dizem ser meus amigos, agem pouco politicamente e não dedicam, pelo menos, um quinto dos seus orçamentos para ajudar a erradicar a pobreza e a miséria. (Farid Gabteni)
A voz da alma é a aspiração universal da justiça e da verdade, da harmonia e da beleza, perfeita e absoluta; a voz do corpo é a necessidade universal de energia e poder, fusão e efusão, extensão e duração. É preciso responder ao segundo, de modo pertinente, para satisfazer a primeira. (Farid Gabteni)
Eu sou um guerreiro, apenas me confio ao melhor; eu não procuro acolhimento nem salão de honra, exceto na casa de Deus, Meu Mestre e Senhor. (Farid Gabteni)
A Leitura e o estudo continuado, a Fé e a Evocação de Deus praticadas quotidianamente, as sucessivas boas intenções, boas atitudes e o exercitar o bem são práticas úteis que saram todas as feridas. (Farid Gabteni)
A história da filosofia diz-nos que os pensadores exprimem-se e usam as palavras, anexando uma grande importância ao sentido e ao significado que transmitem etimológica e eternamente. Este processo, que convida à subtileza, ao rejeitar a ambiguidade, é essencial para estabelecer uma base teórica explícita, como pensamento crítico. (Farid Gabteni)
Os cientistas avaliam o sentido e o alcance dos termos que usam. Esses vocábulos veiculam uma informação inequívoca, que corresponde a uma única semântica, livre de qualquer outra interpretação. (Farid Gabteni)
Ao contrário do que foi instituído após o Profeta, não é a sua emigração para Medina (Hégira, 622) que marca o início do calendário muçulmano; este está fixado no Alcorão (capítulo 97), começa com a Revelação do Alcorão, em 610 (capítulo 96). O Islão original abrange toda a Revelação (610-632) enquanto o tradicionalismo ideológico gosta de se focar e ancorar-se no calendário hegírico. (Farid Gabteni)
Estuda o passado e o presente, aprende através da ciência e do conhecimento, observa o céu, as estrelas, a terra, o mar, a vida, a morte, qualquer coisa pequena e grande. Então, tu conhecerás, tu O conhecerás, poderás então testemunhar que não existe deus exceto Deus, e tu saberás como e por que viver. (Farid Gabteni)
Chama a sua atenção e sua reflexão para o que é dito, ao que é ouvido e ao que é visto, tomar consciência das coisas, de si mesmo e dos outros. Decifrar corretamente, além do que é dito, do que é ouvido e do que é visto, tomar consciência de todas as coisas, de si mesmo e dos outros. Lá, os dois encontram-se O Verdadeiro, O Real Inefável. (Farid Gabteni)
Uma apresentação começa com uma introdução, seguida por um desenvolvimento e termina com uma conclusão. É o caso do Alcorão, começa com “A Abertura” (Al-Fâtiḥah), capítulo 1; desenvolve-se a partir de “A Vaca” (Al-Baqarah), capítulo 2, até ao final do livro; conclui com capítulos que datam principalmente o início da Revelação. Isto para salientar a importância dada à origem. (Farid Gabteni)
O Profeta nomeava e enviava oficiais e instrutores para ensinar o Monoteísmo pelo Islão (a Pacificação). Não instituiu nem clero nem governo, e não designou ninguém, precisa e indiscutivelmente, para exercer um poder político e/ou religioso após ele. Portanto, o Islão original não legitimou a instauração de um estabelecimento, sob qualquer forma ou natureza; o tradicionalismo ideológico, porém, continua a fazê-lo. O Islão transmite a filosofia da vida; o tradicionalismo, uma ideologia sistémica. (Farid Gabteni)
A religião pode ser comparada a um medicamento: essencial para curar uma doença, mas com efeitos secundários indesejáveis no caso de mal-entendido e/ou o não cumprimento da prescrição terapêutica. A espiritualidade está para a religião assim como o remédio está para a cura: não há religião sem verdadeira espiritualidade, como não há cura sem remédio eficaz. (Farid Gabteni)
O Islão original apela ao humanismo e universalismo, ao contrário do tradicionalismo ideológico que que conduz ao comunitarismo e ao recuo identitário. O primeiro é o Ensinamento de Deus, Mestre dos mundos; o segundo é a exaltação dos sectários, doutrinários e exagerados. (Farid Gabteni)
Ashûrâ’, uma festa para uns, durante a qual se alegram; um luto para os outros, durante o qual se flagelam. Não deveria ser nem uma celebração nem uma penitência por flagelação. Os historiadores muçulmanos, todos sem exceção, relatam que o último e amado neto do Profeta, Al-Ḥussayn, foi morto e decapitado por alegados muçulmanos no dia de ‘ashûrâ’ (10-01-61 H/10-10-680 G). Quem pode tirar proveito da comunidade de Mohammad e alegrar-se neste dia? Como se penitenciar por flagelação quando o Islão rejeita totalmente este processo? Este dia deveria ser um momento de recolhimento e reflexão sobre a nossa história de ontem e de hoje para melhorar amanhã. (Farid Gabteni)
Para fazer a minha tradução do Alcorão utilizo frequentemente o francês antigo, clássico e moderno, por forma a traduzir literalmente o texto de partida. O recurso ao uso de dicionários é recomendado pelos francófonos que pretendem entender o verdadeiro sentido das palavras da língua qoranic. (Farid Gabteni)
O Alcorão não é um livro esotérico, reservado apenas para os iniciados; é expressamente exotérico no que pode e deve ser divulgado e ensinado publicamente. No entanto, devido à sua natureza divina, o texto comporta e transmite vários níveis de leitura em justaposição e complementares; nenhuma exegese, literal ou anagógica pode ser retirada. No entanto, o sentido do significado pode ser inferido com uma probabilidade ideal de análise do discurso, específico ou genérico. O Alcorão está, portanto, acessível a todos os seres humanos dotados de razão e senso comum; é hermético para os surdos que não querem ouvir e para os cegos que não querem ver. (Farid Gabteni)
É verdade que aqueles que transmitem e partilham os meus textos e citações são geralmente do mundo intelectual. Acho que tal se deve, mais do que à singularidade da minha expressão literária, ao meu trabalho que não é cientificamente controverso; eu não falo sobre controvérsia nem frivolidade, eu cria e desenvolvo temas históricos, filosóficos, científicos e substancialmente universalistas. Quanto ao grande público, se me adquirirem, ele permanece, no entanto, vítima de um sistema educativo elitista e e foca-se mais nas generalidades do que no detalhe, nas aparências em vez da essência. (Farid Gabteni)
Maltratar uma criança ou alguém, fraco e inocente, é um crime extravagante que não tem qualquer justificação. Deus É Omnisciente; malditos sejam os malfeitores. (Farid Gabteni)
Todos os historiadores muçulmanos, incluído os tradicionalistas, afirmam que o calendário hegírico foi adotado após o Profeta. O Alcorão faz prevalecer a data da Revelação: “melhor do que mil meses” (capítulo 97). O senso comum dita que um calendário seja considerado desde o início do original; é óbvio que o Islão não começou com a Hégira, mas com a Revelação do Alcorão. (Farid Gabteni)
A psicanálise mostra-nos que os homens violentos, especialmente aqueles que batem e abusam de mulheres e/ou crianças, caracterizam-se por personalidades psicopatas; complexos e intolerantes à frustração, eles recorrem a condutas anti-sociais e amorais. Este tipo de indivíduo não tem ética nem religião, apenas falsas pretensões. (Farid Gabteni)
O ideal de liberdade não é o do homo occidentalis, mas o da natureza humana; a palavra liberdade foi invocada, ao longo da história da humanidade, por todos os oprimidos, de todas as nações, por toda a Terra. A universalidade desta nobre palavra foi consagrada pela luta dos povos colonizados, despojados e subjugados; a liberdade é inerente à evolução e à realização do ser humano. (Farid Gabteni)
A única pessoa autorizada a vos anunciar a minha morte, sou eu mesmo; desde que vocês falem sobre o que eu disse ou o que eu escrevi, saibam que eu vivo. (Farid Gabteni)
O Islão não pode ser representado, nem pelo clero, nem por dignitários religiosos e menos ainda por uma instituição do Estado. Em relação aos estudiosos da religião islâmica, só podem beneficiar de uma única prerrogativa, a de emitir opiniões. (Farid Gabteni)
Apaixonam-se por tanta coisa, mas atenção! Os que se afeiçoam aos elefantes rosa terão futuros sombrios. (Farid Gabteni)
A adoção (após o Profeta) do calendário hegírico tem implicações sentenciosas de ordem política, teológica e jurisprudencial. De certa forma, ela permitiu e ainda permite que os tradicionalistas falsamente sustentassem as suas ideologias, privilegiando o período de Medina em detrimento do período de Meca. O Alcorão afirma: “… acreditais (credes), acaso numa parte do livro e negais a outra parte?…” (capítulo 2, versículo 85). (Farid Gabteni)
O Alcorão menciona a lei do talião relativamente aos anciãos, formados então em sociedades primitivas; no entanto, fez prevalecer a narrativa (faculdade de narrar e agir em conformidade) para “os sensatos, aqueles que compreendem o essencial”. O nível de conhecimento atingido nas nossas sociedades modernas não nos permite agir por instinto e espírito de vingança, mas sim pela prevenção e uma justiça civilizadoras. Alcorão / Capítulo 2, versículo 179: “Tendes, no narrativa, a segurança da vida, ó sensatos, para que vos refreeis!“ (Farid Gabteni)
O materialismo ateu é um obscurantismo disfarçado sob a forma do progressismo. Dissimulado e devastador, transmite uma ciência truncada e uma consciência diminuída. Reduzindo, denegrindo e negando qualquer finalidade espiritual para os seres humanos e a criação, desumanizando o indivíduo e a sociedade, através de teorias de simplificação na aparência, ele mutila a humanidade da sua essência e da sua razão de ser. (Farid Gabteni)
A adoração de Deus não se materializa por apetrechos ostensivos nem ritualismo encantatório; menos ainda por gestos ilusórios, palavras sem saber e sacrifícios insignificantes. Cristaliza-se na justa decisão seguida da boa ação. Adorar e servir a Deus, é amar e servir a Sua Criação; é pensar e agir bem, é ser útil e não fútil. Ser Muçulmano, crente e praticante, é ser sábio, pacifista e pacificador, seguro, tranquilizador e apaziguador, bom, benevolente e benfeitor; é viver e morrer pacificamente. (Farid Gabteni)
Se tivéssemos estado presentes no nascimento do Universo, seria-nos totalmente impossível imaginar o que aconteceu desde então. Se tivéssemos estado presentes na idade de pedra, seria-nos fundamentalmente impossível imaginar o mundo moderno. Além disso, se tentarmos imaginar o mundo futuro, isso deve ser feito de uma forma relativa e prudente, e ter em mente que ele vai ser ainda mais extraordinário do que poderíamos imaginar. (Farid Gabteni)
Não há maior felicidade do que dissipar medos, atenuar as dores, aliviar os infortúnios e trazer alegria aos corações. A Beneficiência é honra e grandeza. (Farid Gabteni)
“Certamente Fizemos divulgado o Alcorão franco (árabe, Σarabî); para que possam analisá-lo!” (Alcorão / Capítulo 12, verso 2). Em árabe, a palavra “aΣraba” (أعرب), oriunda da raiz “Σ-R-B” (ع ر ب), significa “falar abertamente com clareza, de forma nítida”, enquanto a palavra “aΣjamî” (أعجمي), cuja raiz é “Σ-J-M” (ع ج م) significa “falar de forma ininteligível, hermética, codificada”. O termo árabe “Σarabî” (claro/franco عربي) é o antônimo de “aΣjamî” (hermético / codificado أعجمي). Por outras palavras, “Σarabî” (عربي) denota uma expressão, uma linguagem, um discurso claro, simples, enquanto “aΣjamî” (أعجمي) representa uma expressão, uma linguagem, um discurso hermético, codificado, que, por conseguinte, necessita ser clarificado para ser perceptível. O Alcorão foi divulgado em árabe, ou seja, numa língua franca; ele não está escrito numa lingua exclusivamente associada a um grupo étnico. (Farid Gabteni)
Para os islamofóbicos, um bom muçulmano é um muçulmano renegado. No fundo, eles não têm em vista os obscurantistas, seus aliados objetivos, porque estes alimentam as suas prédicas rancorosas contra o Islão e os muçulmanos. Eles preferem enfurecer-se absurdamente contra os muçulmanos autênticos, eruditos e progressistas, humanistas e pacíficos. Basta ler minimamente os meus escritos para tomar consciência da manipulação mediática praticada pelos islamofóbicos. Eu próprio sou qualificado de extremista por eles. (Farid Gabteni)
A fé em Deus não se pode dissociar das obras boas e belas, ambos estão unidos simultaneamente com a fé. Os muçulmanos devem praticar assiduamente a benevolência e a caridade e denunciar energicamente tudo e todos os que deturpam a sua religião através do ódio e da violência. Aos olhos do mundo, é da sua responsabilidade despertar e resgatar o Islão original; o Islão do Iluminismo, da ciência e do progresso, da paz, da liberdade de consciência e da tolerância. (Farid Gabteni)
Encorajo, apoio e felicito todos os que contribuem para a organização de conferências e de seminários relacionados com as minhas obras e todos os que trabalham para a sua difusão, sendo que é tendo isto em mente que consenti a fundação da SCDOFG. Entretanto, não posso estar presente pessoalmente, salvo raras excepções. com efeito, comprometo-me desde há vários anos à pesquisa e a viver afastado do mundo. (Farid Gabteni)
Etimologicamente, em língua árabe, o Islão (الإسلام) significa a Pacificação: a ação de pacificar, de estabelecer, de restabelecer, e de manter a paz; a submissão pela paz a Deus. O Islão é a materialização da Paz (al-silm, al-salâm, السّلم السّلام): aquele que se submete a Deus pacifica-se (yuslim, يسلم), põe fim às tormentas do seu espírito, os movimentos de revolta nele e em seu redor; ele é pacificado, muçulmano (muslim, مسلم) e pacifista (mussâlim, مسالم) : ele aspira à quietude, à segurança e à tranquilidade, ele não é a favor, ou pelo conflito e a revolta; consequentemente, ele adquire um coração pacífico (salîm, سليم), são e santo, em paz com Deus e a Sua Criação. (Farid Gabteni)
Em língua árabe, as palavras “mundo” e “sábio” (Σâlam e Σâlim) têm a mesma raiz (Σ-L-M) ciência, saber, conhecimento. O mundo é intimamente ligado ao saber,ao conhecimento objetivo que temos dele; só existe através desta informação primordial. O mundo real apenas pode ser percecionado por intermédio do conhecimento científico, qualquer escapatória é subjetiva; resultam assim os mitos e as lendas, sinónimos de fetichismo e de superstição. É assim que os antigos, salvo exceções, conceberam mundos fabulosos e imaginários de maneira especulativa, sem verdadeiros fundamentos científicos. Contudo, e a seu crédito, tinham esta consciência, especificamente inteligente, que o mundo tem um sentido e uma razão de ser. É esta situação que está na origem da investigação científica e dos seus resultados que constatamos atualmente e todos os dias. (Farid Gabteni)
Pode acreditar-se sem ser crédulo? Esta é uma questão recorrente no Ocidente, onde estamos habituados a opor a fé à razão. No entanto, um olhar atento não deixará de observar que o divórcio entre crença e inteligência é específico da cultura ocidental. Em nenhuma outra civilização atingiu tais proporções. Em nenhuma outra cultura, a religião foi tanto sinónimo de obscurantismo, isto é, de negação da faculdade do homem de sopesar e de julgar por si mesmo. (Farid Gabteni)
Na aurora do novo milénio, o mundo inteiro está confrontado com inúmeras crises, ecológicas, sociais, políticas, económicas, éticas… e todas convergem. No entanto, as ciências e as técnicas são o domínio de uma evolução verdadeiramente vertiginosa. O paradoxo é cada vez mais acentuado entre a ciência e os conhecimentos técnicos, por um lado, e o definhar do sistema que os engendra, por outro. (Farid Gabteni)
A pergunta “Para onde vamos?” regressa com força, colocando em perspetiva as transformações frenéticas de uma sociedade cada dia mais globalizada, composta por indivíduos desorientados. A evolução já não é dominada, pois já só é conduzida por descobertas tecnológicas, sem verdadeiras preocupações com os fatores sócioeconómicos, sociais, psicológicos… Numa palavra, simplesmente humanos. (Farid Gabteni)
A questão de um Princípio Criador, de uma Causa Primeira, inteligente e lúcida, coloca-se agora cientificamente. Mas encará-la de forma refletida tem pesadas consequências. Leva-nos novamente a uma verdadeira revolução cultural, pondo em causa postulados com mais de dois séculos. (Farid Gabteni)
A Europa viveu durante séculos sob o jugo do pensamento único e da Inquisição, que só foi definitivamente abolida, em Espanha, em 1834. Formular uma ideia nova ou declarar uma opinião contrária à religião reinante expunha, então, os seus autores às piores perseguições e, muitas vezes, à morte. Depois de sete séculos de presença muçulmana em Espanha e de quatro na Sicília, não resta nenhum muçulmano autóctone nesses lugares, de tal forma que, no início do século XX, já não havia na Europa senão populações cristãs e uma minoria judaica que escapara. E, mesmo assim, uma grande parte desta foi praticamente exterminada durante a Segunda Guerra Mundial. (Farid Gabteni)
Poucas pessoas sabem, hoje, que a maioria dos cientistas do nosso tempo são crentes e que muitos dos que eram ateus se tornaram crentes. Isso é ciosamente impedido de ser demasiado divulgado. Devemos também dizer que alguns desses cientistas preferem manter-se discretos, por preocupação com as suas carreiras. Na verdade, o establishment ateu substituiu o da igreja e agora é ele quem faz a chuva e o bom tempo. Ai daqueles que o contestem: são “excomungados”, vilipendiados, denegridos e amordaçados, se possível. (Farid Gabteni)
De facto, a ciência moderna é muito mais favorável ao teísmo que ao ateísmo. Digo ao teísmo, que consiste em admitir a existência de um Deus único vivo e pessoal como causa transcendente do mundo. (Farid Gabteni)
As leis da física não criam nada por si mesmas: mostram as relações entre os factos depois de introduzidos por uma causa. Um carro existe e percorre uma estrada graças às leis da física, mas estas não criaram, nem o carro, nem a estrada. As leis da física foram criadas por uma vontade inteligente e lúcida, tal como o carro e a estrada. E é preciso uma vontade inteligente e lúcida para conceber, pôr a trabalhar e conduzir um carro corretamente por uma estrada. O mesmo acontece para determinar as equações e iniciar e conduzir a formação e a evolução do mundo. (Farid Gabteni)
Se a informação estiver, de facto, na base de tudo, mesmo assim o número 1 não produz nada; a lei aritmética 1 + 1 = 2 explica-me que, se, por exemplo, eu causar a adição de 1 livro + 1 livro, obtenho 2 livros, mas se eu não causar a ação de reunir 2 livros, a lei aritmética só por si não o pode causar. As leis matemáticas que permitem explicar e, assim, prever fenómenos naturais não os criam. Paralelamente, a lei da gravidade, que nem sequer explica a gravidade, não cria a gravidade ou a matéria sobre a qual a gravidade atua. Cria, por isso, ainda menos o Universo. (Farid Gabteni)
Hoje, está claramente estabelecido que as leis da física tinham de ser muito específicas, ajustadas e precisas para permitirem a evolução do Universo e o surgimento da vida. É impossível atribuir ao acaso a extrema precisão da escolha das condições iniciais para a existência do Universo. É evidente que uma vontade inteligente e lúcida presidiu ao ajustamento destes parâmetros. (Farid Gabteni)
Pensar que seriam golpes de sorte consecutivos que estariam na origem da existência do Universo e de nós mesmos é como acreditar que podemos ganhar na lotaria sistematicamente a cada sorteio, a cada segundo, vinte e quatro horas sobre vinte e quatro horas, sem interrupção, durante catorze mil milhões de anos. Incapaz de explicar estes ajustes extremamente precisos das leis da física apenas por simples efeito do acaso, alguns argumentam com a teoria das cordas, ou com a ideia de que existem vários universos, ou mesmo uma infinidade deles, incluindo o nosso, cada um deles com as suas próprias leis, o que deixa a probabilidade de que pelo menos um deles será forçosamente bem ajustado. E bem… por mero acaso, “como de costume ؟”, nós estamos dentro desse. (Farid Gabteni)
Podemos dizer que o Universo tem uma linguagem universal que consiste em instruções matemáticas, que estão na base das leis da física e de tudo o que existe neste Universo. Tudo o que podemos conhecer e observar deste mundo passa pelo domínio dessa língua, que se exprime em cada coisa. Estudai o céu, a terra, o homem, a formiga, a molécula, o átomo ou que quer que seja, e vereis a transcrição dessa linguagem. É o selo do Criador dos céus e da terra e do que existe entre os dois. (Farid Gabteni)
O homem distingue-se pela inteligência sem qualquer comparação com todo ser vivo da terra. Que possa ter laços com o macaco, a mosca ou a minhoca, isso em nada muda a sua especificidade especial e exclusiva. (Farid Gabteni)
Em língua árabe, as palavras “segurança”, “fé” e “crença” (îmân, إیمان) têm a mesma raiz (A-M-N, أ م ن) :confiança, segurança, segurança. Na língua corânica, a fé adquire-se pelo saber, certificando-se e assegurando; é muito mais do que de uma crença vaga e relativa. Deus É Evidente, racionalmente, apenas podem testemunhar; e o testemunho deve fazer-se em conhecimento de causa, recorrendo à ciência e consciência. O crente, que eu traduzo por o que assegura, se assegura e assegura-se, instruindo-se da Obra de Deus; é assim que ele se torna seguro e securizante, seguro e assegurado (mu’min, مؤمن). (Farid Gabteni)
Em língua árabe, as palavras “injustiça” e “obscuridade” (ẓulm, ẓulmah, ظﻠم ظﻠﻤﺔ ) têm a mesma raiz (Ẓ-L-M, ظ ل م). Uma lógica inerente à língua árabe explica o vínculo entre injustiça e obscuridade: na obscuridade agimos sem correção, agimos às cegas, deslocamos as coisas de forma incorreta, desviamos, perdemo-nos e desviamo-nos; desta forma o obscurado é obscurecido, ele aprecia e age injustamente, torna-se ele próprio obscurecedor. Consequentemente, traduzo a palavra “injusto” por “obscurantista”. (Farid Gabteni)
“(…) Este Dia aperfeiçoei Eu para vós a vossa religião e completei o favor que vos concedo, e para vós escolhi o Islão como religião (…)” (Alcorão/Capítulo 5, versículo 3). Este versículo é o último a ter sido revelado, o ponto final da Revelação. O Islão, última religião revelada, era inteiro e aprovado como tal a partir deste dia. Qualquer acréscimo posterior a esta revelação decorre das múltiplas circunstâncias da história dos muçulmanos, e não pode ser considerado como fazendo parte do cânone do Islão. Dizer o contrário, é enunciar que a Religião não tem fé complementada na revelação deste versículo, contrariamente ao que ele afirma. (Farid Gabteni)
Religião da boa e bela obra, do justo equilíbrio, da moderação, o Islão é a religião da ciência, do conhecimento de Deus pela Sua Criação. Um dos elementos, e não dos menos relevantes, que distingue o Alcorão das revelações anteriores é a sua insistência sobre as noções de ciência e de conhecimento. Adicionalmente, a primeira palavra da Revelação a Mohammad fé: “Iqra’ ! (Lê!)”. (Farid Gabteni)
Quanto ao primeiro homem designado como humani, é Adão e a primeira vez e que é citado no Alcorão, Deus diz: “E Ele ensinou a Adão todos os nomes, (…)” (Alcorão/Capítulo 2, versículo 31). É assim claro que, no Alcorão, o princípio do ser humano está ligado ao conhecimento. A primeira coisa de Deus, que recebeu Adão, é o saber de todos os nomes, e a primeira ordem de Deus a Mohammad fé: “Lê!”. A Mensagem de Deus ao homem, desde o princípio até Mohammad até ao fim dos tempos, é: Lê, aprende, conhece a criação de Deus, para conhecer Deus e agir em conformidade; quer dizer de forma correta e com bondade, porque tu serás julgado. (Farid Gabteni)
E o Dia da Ressurreição: “(…) Os que forem dotados de Conhecimento dirão: ‘Neste dia desgraça e aflição sem dúvida cairão sobre os incréus’” (Alcorão /Capítulo 16, versículo 27) ; “Mas aqueles a quem são dados conhecimento e fé dirão ‘Vós haveis de facto ficado para trás, segundo o Livro de Deus até ao dia da Ressurreição.E este é o Dia da Ressurreição, mas a vós não vos importaria saber’” (Alcorão/Capítulo 30, versículo 56). Significa a que ponto o saber constitui o primeiro mandamento de Deus no Islão. (Farid Gabteni)
“Mas aqueles a quem são dados conhecimentos e fé dirão: (…)” (Alcorão/Capítulo 30, versículo 56). Neste versículo, a palavra “saber” precede a palavra “fé”, ambos devem ser considerados simultaneamente, um com o outro. Com efeito o resultado do saber conjugado com a fé é a paz, a serenidade, um coração pacífico (سليم), são e santo. Sem saber nem discernimento, qualquer crença está dependente das circunstâncias e da paixão, que conduzem ao melhor e/ou pior; a História prova-o. (Farid Gabteni)
Para ser Muçulmano, é necessário testemunhar que só existe Deus. E para ser uma verdadeira testemunha, para poder atestar a verdade, a realidade, é necessário um saber, um conhecimento dos factos e das coisas. Com este saber adquirido, acedemos então à fé pela razão e pelo coração, tornamo-nos humildes na paz e amor de Deus, sabemos donde vimos e onde vamos, agimos com benevolência e bondade, distinguimos o bem do mal, o verdadeiro do falso. (Farid Gabteni)
Contrariamente à Bíblia e à maioria dos livros sagrados, que narram cronologicamente a história da criação, do mundo, do homem, dos Profetas e dos Mensageiros, o Alcorão ele, excecionalmente para José ou excecionalmente, não relata os acontecimentos de uma só vez, num determinado capítulo, mas fragmentados e apresentados de maneira não linear, no conjunto do corpus. Não se trata de relatar, forçosamente, fatos históricos em si, mas de suscitar a investigação, a análise e a reflexão científica, que eleva a alma ao Islão. (Farid Gabteni)
Ao contrário do que pensam e pregam alguns, o Alcorão não se apresenta como um livro de história, nem como um código civil e penal, na aceção literal das palavras. A sua compreensão profunda passa por uma análise pluridisciplinar rigorosa com binóculos, à lupa e ao microscópio. Ele é a Revelação de Deus, a Sua Palavra endereçada à razão e ao raciocínio do homem. (Farid Gabteni)
A corrupção e o mal predominam ainda, têm nomes: injustiça, manipulação das massas, obscurantismo, miséria, guerras, massacre, crises e tráfegos de todo o género, degradação do ambiente, extinção das espécies, poluição, alteração climática… “A corrupção apareceu na terra e no mar por causa do que as mãos dos homens têm obrado, para que Ele lhes possa fazer provar o fruto de algumas das suas ações, a fim de que eles possam regressar do pecado !” (Alcorão/Capítulo 30, versículo 41). (Farid Gabteni)
Em África, na Ásia, na América do Sul e noutros locais pelo mundo, florestas são destruídas, lagos e rios são secos, terras e localidades são tragadas, populações inteiras são deslocadas, milhões de pessoas vivem no limiar da pobreza, centenas de milhares são vítimas da fome, assassinatos, raptos, do tráfico de órgãos, milhões de mulheres são agredidas e violentadas, centenas de milhares de crianças são escravas …Isto, não é falado senão quando ultrapassa um certo limite de monstruosidade; ou então na altura da copa de futebol. (Farid Gabteni)
O progresso do Islão, contrastando com a degenerescência de alguns muçulmanos, explica-se pela universalidade da sua mensagem original, que não conseguem conter as vicissitudes às quais são confrontados os muçulmanos há séculos. “Ele é que há Enviado o Seu Mensageiro como guia e a Religião da verdade, para que Ele possa fazer com que ela prevaleça sobre todas as religiões, mesmo que os associem partícipes a Deus a odeiem” (Alcorão/Capítulo 61, versículo 9). (Farid Gabteni)
Simultaneamente, a aparição do charlatão (الدجال) e do charlatanismo é, a partir de agora, efetiva no mundo; eles têm como característica apresentar-se por falsas aparências de virtude e piedade. Muitos são os que creem, até que a luz do conhecimento, irrevogavelmente, manifesta-se e permite confundir estas forças obscuras e malfeitoras. (Farid Gabteni)
Sob a capa de um islão desnaturado pelos ignorantistas, fanáticos, corruptores da fé, exímios na ignomínia, cometem os piores crimes contra Deus e a humanidade. Desvirtuando O Islão e todos os valores morais, universais, eles cultivam a discórdia, o ódio do outro, a violência e o sectarismo. Se é inegável que estes criminosos demoníacos visam e ameaçam a civilização na sua totalidade, os muçulmanos são as primeiras vítimas das suas teorias e das suas práticas horripilantes. (Farid Gabteni)
Alguns, perdidos, passam o seu tempo a magoar-se, frequentemente da forma mais sincera possível. Uns e outros clamando “Deus É O Mais Elevado!” e, tanto num campo como no outro, eles pretendem defender a justa causa de Deus. Eles estão num estado de restrição mental por onde se perpetua o obscurantismo, a superstição e a violência. Muitos tornaram-se reféns ou marionetas de um dogmatismo e de um passado terminados. (Farid Gabteni)
Os historiadores, de todas as disciplinas, enunciadores (especialistas dos dizeres atribuídos ao Profeta) incluídas, debatem ainda hoje em dia a validade histórica destas tradições. Apesar disto, para muitos muçulmanos, elas sobrepõem-se ao Alcorão, tornado-e a fonte do que os divide. (Farid Gabteni)
As compilações de tradições são então decorrentes de uma multitude de acontecimentos e circunstâncias vividos pelos muçulmanos após a morte do Profeta, e representam conceções ideológicas, políticas e sociológicas relacionadas com as suas épocas. Os seduzíveis e os adversários do Islão aproveitam estas compilações de conteúdo incerto e validam-nas para aprender aí o que serve os seus desígnios; e é desta forma que desvirtuam e o Islão. (Farid Gabteni)
Muitos estão entrincheirados em múltiplas fações, excomungando-se mutuamente, abandonando a mensagem original e universal do Islão, interpretando o Alcorão sem beber da sua essência, porque perderam e esqueceram o coração, em proveito de tradições incertas, discutidas e discutíveis “E entre os homens há o que disputa no que respeita a Deus sem conhecimento ou guia ou um Livro esclarecido” (Alcorão/Capítulo 22, versículo 8). (Farid Gabteni)
Sem realmente ter em consideração a mensagem original do Islão, muito menos os dados históricos e sociológicos ou os fatos circunstanciais de época, de local, de causa e de finalidade, os tradicionalistas reavivam o ḥadîth, o que teria dito o Profeta, para legitimar as suas ideologias e as suas interpretações do Alcorão. Contudo Deus diz: “Nem ele fala de seu próprio desejo – Nada mais é que uma revelação que é revelada” (Alcorão/Capítulo 53, versículos 3-4). Constatamos por estes versículos que não podemos certificar como declaração do Profeta que o que lhe foi revelado por Deus, a saber o Alcorão. (Farid Gabteni)
A injunção de Deus “Diz!” é repetida trezentas e trinta e duas vezes no Alcorão (na maioria das vezes, esta injunção é destinada ao Profeta). E esta injunção divina, tantas vezes reiterada, é inerente à transmissão contínua da mensagem claro (bem entendido). É o que disse o Profeta de maneira certa, é o que que Deus lhe ordenou de dizer por revelação, no Alcorão. “Estes são os sinais de Deus que Nós te repetimos com verdade. Em que depois, rejeitando discurso (ḥadîthin), de Deus e Seus sinais, crerão eles?” (Alcorão/Capítulo 45, versículo 6). (Farid Gabteni)
Quanto à sunnah, a tradição, moda dos feitos e gestos do Profeta, encontramo-la também, e mais autenticamente, no Alcorão. Ele é aí qualificado de homem de grande criatividade, de moralidade, encontramos aí relatado o que ele deve dizer ou fazer. A palavra ”sunnah“, moda, é citada dezasseis vezes no Alcorão (catorze vezes no singular e duas vezes no plural), em referência a Deus ou aos antigos antes do Profeta, nem uma única vez em ligação com o próprio Mohammad. Quer dizer que quando um ḥadîth, uma sunnah ou sîrah, do Profeta, são úteis cientificamente, devem ser considerados circunstancialmente. (Farid Gabteni)
O Islão prega a contenção e a moderação em todas e para todas as coisas, longe do extremismo e dos extremos. Os muçulmanos devem regressar à mensagem original do Islão, a de ontem, a de hoje e a de amanhã. Eles devem reconstruir-se numa comunidade de justo equilíbrio, a comunidade de “Iqra’“, de “Ligar e Lê” pelo Saber de Deus. Eles devem em primeiro lugar sair do torpor e do medo que os sobrecarregam, e denunciar energicamente tudo o que e todos os que por ódio e a violência deformam a sua religião. Ele incumbe-os de despertarem e de reabilitarem O Islão original aos olhos do mundo. (Farid Gabteni)
O homem, com todos os seus conhecimentos, sente a necessidade de alimentar a sua alma, a sua busca espiritual exige respostas. Ora a vaga das seitas de inspiração judaico-cristã ou extremo Oriental, derivadas do Budismo ou do Hinduísmo, diminuiu. Tentou-se espiritualizar o materialismo e inversamente, mas o resultado não foi o esperado. Será também o caso do sectarismo doutrinal dos muçulmanos extraviados. (Farid Gabteni)
Não sou eu que sou sábio e poliglota, mas sim Alcorão que é enciclopédico e a Mensagem original do Islão que é universalista, e é o valor dos dois que é humanista e cósmico. Eis o que ignoram os islamofóbicos e ainda mais os obscurantistas. (Farid Gabteni)
Aprendi o Alcorão, o ḥadîth, a sunnah/sîrah, a teologia e a jurisprudência através do ensino e da visão de grandes doutores (ΣUlamâ), referências em matéria de tradicionalismo. Consequentemente, tornei-me eu próprio tradicionalista (moderado؟) durante algum tempo. Contudo, quando me especializei e estudei, entre outras, a historiografia, reabri então o Alcorão com uma abordagem científica pluridisciplinar; qual não foi a minha estupefacção ao descobrir que a Mensagem original do Islão enunciada no Corpus se opõe seriamente a muitas das asserções incluídas nas escritas múltiplas da tradição, sendo que estas constituem a base da ideologia tradicionalista. (Farid Gabteni)
O Alcorão cita o racismo como sendo o primeiro pecado capital cometido contra a lei divina e foi o diabo que o inaugurou; respondendo a Deus a propósito do humano : « ele disse: “eu sou melhor que ele, Tu Criaste-me do fogo e Tu Criaste-o da argila”» (Alcorão/Capítulo 7, versículo 12 e capítulo 38, versículo 76). Por conseguinte, todo aquele que se crê superior a um outro perpetua este pecado originalmente diabolico; e Deus Sabe que os racistas são numerosos, em toda a parte do mundo. (Farid Gabteni)
“E não há ser animado (animal) na terra nem voador (ave) que voe com as suas asas que, das nações, vossos exemplos” (Alcorão/ Capítulo 6, versículo 38). O verdadeiro Muçulmano não pode desconsiderar, maltratar, aviltar ou debilitar qualquer animal nem matá-lo sem motivo válido, menos ainda por prazer. Mesmo para se alimentar, ele não pode matar um animal de forma insensivel, ele deve considerar o seu ato em Nome de Deus como uma operação sacrificial; isto é, excecional e com temor a Deus, O Vivificador do sopro de toda a vida. (Farid Gabteni)
Todos os seres humanos, homens e mulheres, nascem e permanecem indispensavelmente livres e iguais em dignidade e em direitos perante Deus, até ao juízo final; a leitura analítica do conjunto do Alcorão não deixa qualquer dúvida a este respeito. Os tradicionalistas muçulmanos desviacionistas, que definem as palavras distorcendo-lhes o sentido e fora do contexto corânico, não fazem melhor do que os seus homologos judeus e cristãos, que pregam que a mulher foi a primeira a cometer o pecado original, e estes ainda relatam isso literalmente das suas Biblias (Genesis- Capítulo 3, versículo 6). (Farid Gabteni)
Para provarem que a mulher não é igual ao homem e que deve estar sob a tutela deste, os tradicionalistas desviacionistas avançam, entre outros, como argumento que Deus não consagrou mulheres como Profetas. Vocês podem imaginar as mulheres Profetas pregando no meio de multidões rudes, sem fé nem lei, belicosas e assassinas, sacrificadoras de crianças e misóginas até ao extremo: para as quais a mulher não era e não tinha mais valor do que um utensílio! Sabendo o que muitas delas sofrem ainda nos nossos dias, com que palavras poderíamos descrever as condições horrendas em que viviam as mulheres de há décadas, séculos ou milénios atrás ? (Farid Gabteni)
Os últimos países a abolirem a escravatura eram ditos “muçulmanos”, em contradição total com os preceitos do Alcorão e com a conduta do Profeta incitando à libertação dos escravos. De igual modo, ao transporem para fora do contexto os versículos corânicos, circunstanciais de época, de lugar, de causa e de fim, os tradicionalistas pregam a manutenção da mulher sob a tutela do homem; fiando-se sem discernimento no seu discurso, demasiados muçulmanos ainda estão, infelizmente, atrasados no que diz respeito à emancipação das mulheres. Isto, mais uma vez, está em contradição total com o Coração do Alcorão e com a Mensagem original do Islão. (Farid Gabteni)
Não é ao enumerar os títulos de nobreza que possui que uma pessoa demonstra que é nobre. Da mesma forma, não é ao apresentar os graus académicos e títulos de investigador que uma pessoa se torna um cientista realizado. A nobreza de uma pessoa define-se pelo seu valor, pelas suas qualidades e pelos seus méritos; O cientista caracteriza-se assim pelo conhecimento objetivo, realizado de uma forma metódica e racional, baseado unicamente na observação dos factos. Os nossos nomes, graus e títulos são simbólicos, a nossa boa obra é eterna. (Farid Gabteni)
É verdade que circulam hoje em dia, apresentadas falsamente como científicas, demasiadas obras estranhas e absurdas. Além disso, muitos neófitos tornam-se de improviso especialistas e dissertam sobre trabalhos científicos, tirando conclusões sem terem para tal as requeridas competências. As pessoas informadas protegem-se da desinformação e da manipulação pelo discernimento, pelo conhecimento e pela verificação dos factos. (Farid Gabteni)
“E, certamente, que os Prosternados (Mesquitas) são para Deus, então não invoqueis com Deus nenhum [outro].”; “Diz: ‘Certamente, eu não possuo para vós um prejuízo e nem um sentido [perfeito]’.” (Alcorão/ Capítulo 72, versículos 18 e 21). Eis o que Deus Ensina e, também, os justos entre os Seus Aliados; Apenas Deus É Digno de Adoração e de Invocação, os Seus Servidores benfeitores são, certamente, dignos de elogio e são modelos de referência, mas eles não são perfeitos e não devem em caso algum ser objeto do culto devido Apenas a Deus. (Farid Gabteni)
O Islão, motor por excelência do teísmo, está longe de estar enfraquecido, sendo que ele tem vindo a desenvolver-se e a disseminar-se por todo o planeta. A sua influência tem vindo a propagar-se assiduamente a todas as nações, misturando-se com as suas particularidades étnicas, sociais e culturais. Seria, portanto, irresponsável ignorá-lo e minimizar o seu alcance, deixando-o perigosamente sob a influência do ultra-tradicionalismo, das suas práticas e ideologias, totalmente contrárias à Mensagem original do Islão. (Farid Gabteni)
Perante as circunstâncias graves e alarmantes que a nossa sociedade moderna atravessa, posso pensar que compete a todos encorajar, apoiar e promover as obras e os trabalhos científicos relacionados com o Islão original. Na realidade, o Islão original, com aqueles trabalhos científicos, é mais aptos a combater, neutralizar e eliminar de forma eficaz e duradoura o ultra-tradicionalismo ideológico, vetor de tantas danos e desgraças. (Farid Gabteni)
Moisés, Jesus e Mohammad não celebravam o aniversário do seu nascimento; os judeus, os primeiros cristãos e os primeiros muçulmanos também não festejavam o dia de aniversário do nascimento dos seus Profetas. Mais ainda, na história das religiões, não encontramos qualquer marca de um Profeta que tenha iniciado os seus discípulos em tais celebrações. (Farid Gabteni)